Tipos de Memoria
Também chamadas SRAM: são as memórias que equipam os chips de memória CACHE. A memória CACHE é uma técnica utilizada para aperfeiçoar a transmissão de dados entre o processador e memória RAM (que não é estática). A razão desta técnica se justifica pelo fato de que os processadores são mais rápidos do que as memórias. Se o CACHE não existisse, o processador perderia muito tempo aguardando as instruções sendo enviadas ou recebidas pela memória. Os tipos de memória CACHE podem ser “Writethrough” ou “Writeback”. Ainda falarei sobre isso em um artigo independente.
Memórias dinâmicas
São chamadas de DRAM. A operação delas pode ser sincronizada com a freqüência do barramento local (memórias síncronas) ou então não sincronizada (memórias assíncronas). No caso das memórias assíncronas, temos duas tecnologias:
- FPM (Fast Page Mode): utilizada na maioria do antigos 486
- EDO (Extended Data Out): utilizada em na época dos 486 e Pentium
No caso das memórias síncronas (chamadas de SDRAM), temos algumas possibilidades:
SDR-SDRAM: estas memórias trabalham sincronizadas ao barramento local do computador e suas freqüências normalmente são as mesmas do FSB (curiosamente, depois que criaram a sincronização, alguns chipsets permitiram a possibilidade de trabalho no modo assíncrono também). Estas memórias são normalmente conhecidas por sua freqüência de operação: PC66. PC100 e PC133.
DDR-SDRAM: trabalham sincronizadas também, mas ao invés de enviar apenas um lote de dados por ciclo de transmissão, estas memórias enviam dois lotes de dados, duplicando a performance da memória. DDR é a abreviação de “Double Data Rate” que significa justamente “taxa de transmissão duplicada”.
QDR-SDRAM: idênticas às DDR, mas transmitem quatro lotes de dados. É o caso da memória conhecida como RAMBUS.
Convém lembrar neste ponto que algumas novas tecnologias estão sendo introduzidas: DDR-II, Memória de duplo canal (Dual Channel) entre outras novidades. Ainda é um tanto cedo para falar delas. Quando estas tecnologia se consolidarem, falaremos delas também.
Formatos (Encapsulamentos)
SIPP (Single-InLine-Pin-Package): é o formato que deu origem ao termo “pente de memória”. É muito antigo, sendo utilizado nos arcaicos 386 e alguns 286
SIMM (Single In-Line Memory Module): os pinos da memória passam a formar contatos na superfície do módulo. O nome “Single In-Line” (linha simples) faz alusão ao fato de que os contatos são iguais em ambos os lados do módulo. Ou seja, o contato nº1 de um lado corresponde ao mesmo contato da outra face, conduzindo a mesma informação. Esse formato foi muito usado nas placas para 386 e 486 e praticamente todas as placas para o Pentium, sobrevivendo até mesmo em algumas placas para Pentium II.
Devemos lembrar também que este formato é dividido em duas classes que diferem quanto ao número de contatos e quanto ao tamanho: SIMM-30 (30 vias) e SIMM-72 (72 vias). Não vou discutir aqui as características técnicas de cada módulo. No momento, é importante que você aprenda a reconhecer o módulo.
DIMM (Dual In-Line Memory): o módulo deste tipo é bem maior do que os módulos SIMM. Outra diferença é que os contatos existentes em um lado do módulo são diferentes dos contatos da outra face (o que explica o nome). Este formato também é dividido em duas classes. Temos os módulos DIMM-168 e DIMM-184. O número indica o número de vias. Os módulos DIMM-168 surgiram com os Pentium e módulos DIMM-184 surgiram com a adoção da tecnologia DDR.
RIMM (Rambus In-Line Memory): é o módulo utilizado para a construção de matrizes de memória que utilizam a tecnologia RAMBUS. Ele é composto por 192 pinos e suas dimensões são idênticas às dos módulos DIMM.
Preferi agrupar todos os módulos numa única imagem para que você possa perceber a diferença entre eles:
A confusão das nomenclaturas
Agora tentarei desfazer a confusão em torno dos nomes. As diferentes tecnologias utilizaram os encapsulamentos existentes na época. As memórias assíncronas (FPM e EDO) utilizaram principalmente os encapsulamentos SIPP, SIMM-30 e SIMM-72, sendo que as memórias EDO também foram montadas em módulos DIMM-168.
Isto quer dizer que uma tecnologia de memória pode ser aplicada (em teoria) a qualquer tipo de módulo. Não existe nenhum impedimento técnico para montarmos memórias SDR seja em módulos SIMM, DIMM ou RIMM.
No entanto, o mercado acabou abandonando alguns formatos ao longo do tempo. Para as novas tecnologias, novos formatos. E isto explica porque você não encontra uma memória RAMBUS em um encapsulamento SIMM30!
Agora, é importante dizer que alguns formatos foram destinados exclusivamente para algumas tecnologias. É o caso do formato DIMM-184 que só foi utilizado para chips de memória que utilizam a tecnologia DDR. Outro exemplo é o módulo RIMM que comporta memórias RAMBUS. Devido a isso, acostumamos a chamar os módulos pela tecnologia (no caso do DDR e RAMBUS).
Certo ou errado?
É complicado mudar alguns costumes do mercado. Veja o exemplo da porta mini-DIN. Todo o mercado de informática (e eu não sou exceção) utiliza o seu “apelido”: PS/2. Agora, o que pouca gente sabe é que o nome PS/2 vem de um computador fabricado pela IBM que foi o primeiro a utilizar portas deste tipo.
A princípio, é errado dizer que a memória DDR não é DIMM. O que não pode acontecer é misturarmos os conceitos “formato” e “tecnologia”. É uma questão de costume…
Acostume-se a utilizar ou o nome da tecnologia ou o nome do formato. Você passará com certeza a expressar-se corretamente. Não há nada de errado em dizer “memória SDR”, “memória DDR”, ou então “memória DIMM-184” e “memória DIMM-168”.
O que é importante?
Discussões à parte, para quem entende de hardware, o importante e fundamental é saber reconhecer o tipo de memória: tanto por sua tecnologia quanto por seu formato. Outro ponto: mesmo entre memórias de mesma tecnologia, existem algumas diferenças (é o caso das SDR, com os modelos PC66, PC100 e PC133 e DDR com as PC1600, PC2100, PC2700 e PC3200). Mas isto eu abordarei em um outro artigo.
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